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PROVIDÊNCIA (São Sebastião & Oxóssi)
Sobre Oxóssi, sabe-se que há divergências do sincretismo entre São
Sebastião e São Jorge. Isto porque, Ogum o Orixá do ferro, dele Oxóssi
ganha suas armas de caçador, fazendo-se, assim, um cruzamento de
“irmandade” entre eles. Entretanto, São Sebastião e São Jorge foram
soldados, e assim, também lembram a “irmandade” de Oxóssi e Ogum.
Mas a maior aceitação sincrética dá-se entre Oxóssi e São Sebastião.
Oxóssi é a divindade do conhecimento, por isso, representa o arquétipo
do grande provedor. É o caçador que vive nas florestas, cujos principais
símbolos são o arco e flecha, denominados de Ofá. É o valente, ágil e
generoso, que propicia a caça em prol do próximo. Já São Sebastião,
tornou-se ainda adolescente capitão da guarda do Império Romano, e
converteu-se ao cristianismo ainda soldado, tornando-se um devoto
fervoroso o que o fez confortar, alimentar e diminuir as penas dos cristãos
presos. O Imperador ordenou que fosse amarrado nu em uma árvore e
alvejado por flechas. O Santo sobrevive e volta ao Imperador, para
reafirmar a sua fé, mas desta vez o Santo é espancado até a morte. A
matriz religiosa brasileira tem no sincretismo, de Oxóssi e São Sebastião,
uma das suas características mais marcantes: a proteção acastelar da
comunidade. Isto que é fruto de processos de interação e conflito da
essência cultural indígena, africana e europeia sucessivamente.
